Operação internacional combate pirataria digital e protege direitos autorais em diversos países
- joaogabrieldantas2009
- 19 de set. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 21 de set. de 2024

Uma operação do Ministério da Justiça e Segurança Pública retirou do ar, nesta quinta-feira (19), um total de 675 sites e 14 aplicativos de streaming ilegal.
Essa ação faz parte da sétima fase da "Operação 404" – cujo nome faz referência ao "erro 404", que no protocolo da internet sinaliza que o usuário tentou acessar uma página inexistente.
Conforme informado pelo ministério, foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão.
Oito pessoas foram presas durante a operação, sendo cinco no Brasil e três na Argentina. No Brasil, apenas um dos detidos possuía mandado de prisão preventiva; os outros quatro foram presos em flagrante.
Conforme o governo, a operação integra uma mobilização internacional contra violações de direitos autorais.
Além de derrubar os sites, os conteúdos, como áudios, vídeos e jogos, foram removidos dos servidores e desindexados dos mecanismos de busca. Páginas e perfis nas redes sociais também foram desativados.
Policiais civis cumprem mandados da operação 404, contra pirataria, em Curitiba — Foto: Ministério da Justiça/Divulgação
Prejuízo à economia e à indústria criativa
Segundo o governo, os investigados são "suspeitos de distribuir conteúdo pirata em sites e plataformas digitais, uma prática que provoca prejuízos consideráveis à economia e à indústria criativa, além de violar os direitos de autores e artistas".
"As perdas para o setor cultural e criativo são significativas, mas os danos vão além do impacto econômico", afirma o Ministério da Justiça.
Em uma operação recente, também relacionada à pirataria, os policiais identificaram que os mesmos sites que distribuíam conteúdo não autorizado também espalhavam vírus e malwares, tornando os computadores dos usuários vulneráveis a roubo de dados e outros tipos de ataque.
Cooperação internacional
De acordo com o governo, a ação foi coordenada pelo Laboratório de Operações Cibernéticas da Secretaria Nacional de Segurança Pública, vinculada ao ministério.
Os mandados foram cumpridos pelas polícias civis de nove estados: Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Os ministérios públicos de São Paulo e Santa Catarina também participaram da operação.
Além disso, houve a colaboração de órgãos de cinco países (Argentina, Reino Unido, Estados Unidos, Peru e Paraguai), dois continentes (América Latina e União Europeia) e entidades de defesa dos direitos artísticos e autorais, tanto nacionais quanto internacionais.
Abaixo, a lista de associações, entidades e órgãos de investigação envolvidos:
Unidad Fiscal Especializada en Investigación de Ciberdelitos (UFEIC), Argentina;
City of London Police – Police Intellectual Property Crime Unit e Intellectual Property
Office (IPO), Reino Unido;
Departamento de Justiça e Departamento de Comércio, EUA;
Instituto Nacional de Defensa de la Competencia y de la Protección de la Propiedad
Intelectual (INDECOPI), Peru;
Unidad Especializada en Hechos Punibles Contra la Propiedad Intelectual, Paraguai;
Premier League (organizadora do campeonato de futebol inglês);
Alliance for Creativity and Entertainment (ACE);
Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA);
Aliança Contra a Pirataria de Televisão Paga (ALIANZA) – América Latina;
Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP);
Associação Protetora dos Direitos Intelectuais e Fonográficos (APDIF);
Motion Picture Association (MPA) – América Latina;
Representing the Recording Industry Worldwide (IFPI);
Entertainment Software Association (ESA);
Instituto de Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO);
Dirección Nacional de Propiedad Intelectual (DINAPI), Paraguai.
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