Economia Argentina entra em recessão grave com contração de 1,7% no segundo trimestre
- redação
- 19 de set. de 2024
- 1 min de leitura
O Produto Interno Bruto (PIB) caiu 1,7%, superando a previsão de 1,4% dos analistas.

Presidente da Argentina, Javier Milei / Foto: Reproduçao
A agência de estatísticas da Argentina divulgou na última quarta-feira (18), que a economia do país contraiu 1,7% no segundo trimestre de 2024 em relação aos três meses anteriores, evidenciando uma intensificação da recessão.
Este resultado marca a quinta contração trimestral anualizada consecutiva e o terceiro declínio em relação ao trimestre anterior.
O setor agrícola, um dos pilares da economia argentina, apresentou um crescimento robusto de 81,2% em comparação ao ano passado, e a pesca cresceu 41,3%. No entanto, outros setores enfrentaram quedas significativas: a construção civil recuou 22,2%, a manufatura caiu 17,4%, e a atividade varejista teve uma redução de 15,7%, conforme relatado pelo INDEC.
O consumo e o investimento privado continuam em declínio, apesar da Argentina ter reduzido suas importações e aumentado suas exportações. Outros setores, como serviços financeiros, setor imobiliário, e hotéis e restaurantes, também registraram retração.
A Argentina entrou em recessão técnica no primeiro trimestre de 2024, após encerrar 2023 com uma contração de 1,6%.
O governo do presidente libertário Javier Milei, que implementou uma política de austeridade rigorosa, argumenta que essas medidas são necessárias para combater a inflação descontrolada, que ultrapassa 250%, reconstruir as reservas internacionais e corrigir anos de déficits fiscais elevados. No entanto, a política de austeridade tem prejudicado a atividade econômica, aumentando a pobreza e o desemprego.
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